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DESIGN E FEMINISMO

Março é um mês de visibilidade para a luta das mulheres, um mês para lembrar que ainda hoje, 2019, a desigualdade permanece. Recentemente lendo um artigo sobre a pesquisa de uma amiga referente aos resultados de 10 anos das cotas raciais na UnB, me deparei com um dado que me chocou: "Mulheres cotistas que não são admitidas para a UnB recebem maiores retornos monetários no mercado de trabalho do que as que cursam a UnB, pelo menos no período de até cinco anos após formatura." 1 Para a mulher, nenhum esforço é valorizado! Haja Luta! Quis usar este espaço para falar sobre essa nossa luta e sobre o trabalho da mulher Designer. Hoje o movimento L adies, Wine & a bit of Design, criado por Jessica Walsh em Nova York, em 2016, traz o ativismo para o campo do Design e tem ganhado o mundo, já são 120 cidades participando. São encontros mensais para falar de vários assuntos do universo feminino na criação além de criar uma rede de apoio e mentoria do trabalho umas das
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O DESIGN E A CIDADE: BRASÍLIA URGENTE

Recentemente Brasília passou a integrar a Rede de Cidades Criativas da UNESCO na categoria Design. Junto com Brasília, pertencem a esta rede cidades como Curitiba,  Buenos Aires (Argentina), Nagoya (Japão), Shengzen (China), Shangai (China), Bilbao (Espanha) e Graz (Áustria).  O título da Unesco, coloca nossa cidade no mapa do design internacional, atraindo a atenção e o interesse de empresas, universidades e entidades ligadas ao design em todo o mundo. Todavia para manter o selo, a cidade deve cumprir com alguns protocolos, entre eles a realização de ações de promoção do design. Visando garantir a posse do selo para Brasília, em 2018 as três associações ligadas ao Design, ADEGRAF, ADEPRO E ABRADI, formaram o grupo BSBDESIGN.  As ações iniciadas no governo passado foram direcionadas à Secretaria de Turismo, que é a gestora do selo, foram feitas reuniões e encontros para discutir soluções para o cumprimento dos protocolos exigidos pela UNESCO. Com a mudança de governo, o grupo

O DESIGN E A CIDADE

Nesse meu percurso escrevendo sobre Brasília Cidade Criativa do Design, percebo ainda mais o quanto os acontecimentos são sazonais. São momentos de muitos eventos, e outros de pouca exposição. Dessa vez, temos muita promessa para o futuro, enquanto o aqui agora está por acontecer! Semana passada houve importante encontro com a Adegraf e IESB, assim continuando a parceria estabelecida anteriormente com o convênio de desconto para associados Adegraf.  Em 2019 está previsto em Brasília o "X Encontro Internacional de Políticas Públicas e Design", de 11 a 13 de setembro no Centro Universitário IESB; o último evento aconteceu em novembro de 2018 no Uruguay, organizado pela  Red Latinoamericana de Políticas Públicas y Diseño , como momento de reflexão, colaboração, aprendizado, troca de experiências e impulsionamento de Políticas Públicas para o Design. Políticas públicas de Design são importantíssimas e geram impacto positivo para o desenvolvimento

A Marca do Designer

Em 1986, após sua saída da Apple, Steve Jobs chamou Paul Rand – um dos mais influentes designers gráficos do século XX – para criar a marca de sua nova empresa, a NeXT. Desse projeto, Jobs tirou lições que, segundo ele, todo o designer, cliente ou empreendedor deveria considerar. Nesta entrevista, ele contou como foi trabalhar com Paul Rand e o que aprendeu com o designer.  Já nós, designers, podemos aprender com a postura profissional de Paul Rand, se posicionando como especialista para resolver o problema da empresa. Jobs o descreve como, “mais que um artista, um solucionador de problemas de negócios”. Steve Jobs desejava que sua nova empresa tivesse um símbolo que fosse imediatamente associado à marca – algo que leva muito tempo e dinheiro para acontecer na mente do consumidor. Segundo ele, Rand encarou o projeto como um problema a ser resolvido, e não como um desafio artístico em si.  "O significado de uma marca deriva da qualidade do que ela repr

Ano Novo Laranja

A Holanda recebe 2019 com a 50ª edição de uma divertida ação de marketing.   Enquanto o Brasil sofre com os escândalos de seus laranjas políticos, a Holanda adota a cor - tradicionalmente associada à família real Oranje-Nassau - em seu uniforme de futebol e na principais festividades nacionais. Entre elas, uma recente tradição iniciada na década de 1960 ficou associada a uma bem sucedida campanha promocional identificada por um gorrinho laranja: o Mergulho do Ano Novo — em holandês, Nieuwjaarsduik . Inspirados por um clube de natação canadense - o Polar Bear Swim Club - que desde a década de 1920 repete o feito anual, nadadores holandeses passaram a saudar o ano novo no dia primeiro de janeiro com um mergulho no gelado Mar do Norte. Em 1965 o Nieuwjaarsduik chegou à Scheveningen, um dos oito distritos da capital política do país, Den Haag, e a praia mais famosa da Holanda. O que começou com apenas oito nadadores ganhou popularidade e se tornou um evento organizado pela

DESIGN E SOCIEDADE

No caminho de escrever sobre o design para o meu TCC da formação em Pedagogia Waldorf me dei conta de que as pessoas não entendiam nem se interessavam sobre o design como eu, sobretudo porque eu estava pensando e escrevendo sobre o "pensamento do design" e não sobre a prática. Demorei para lembrar que as pessoas têm imagens prontas para as palavras e no caso do design é uma salada mista: Design de sobrancelhas, design de moda, design de interiores, design de superfície, design de produto, design gráfico, design thinking, Apple, Nike, Louis Vuitton, Philippe Starck e por aí vai... Foi desafiador trazer para leigos a minha imagem sobre o design e a tarefa do designer. Me lembrei então da inspiração do Gui Bonsiepe e sua vasta bibliografia para me auxiliar na pesquisa. Não tínhamos muita literatura disponível no meu tempo de faculdade e o primeiro livro sobre design que eu encontrei para vender em uma livraria, foi de Gui Bonsiepe: Desenho Industrial, tecnologia y dependênci