Pular para o conteúdo principal

Afinal, qual a importância de fazer parte de uma associação?


Tenho visto muitos colegas de profissão discutindo sobre estar ou não filiado à uma associação de classe. Geralmente perguntam: o que eu ganho com isso? Quais as vantagens? Porém, as associações não são necessariamente clubes de super vantagens, oferecendo bônus aos seus participantes. São entidades que buscam valorizar a sua profissão e investir nos seus associados. Acredito que seria melhor perguntar: como posso fortalecer minha associação? Ou… Como posso contribuir para melhorar a minha profissão?

Via de regra são entidades gerenciadas por voluntários, que disponibilizam parte do seu tempo em benefício dos outros associados. Penso que são pessoas que entenderam o poder da coletividade e desejam uma profissão reconhecida e valorizada.

As associações realizam eventos, aumentam as redes de relacionamentos entre profissionais, criam parcerias, etc. Em geral trabalham praticamente no vermelho, pois sobrevivem basicamente das suas anuidades. E essas anuidades são uma grande barreira para os designers, afinal, alguns acreditam que é um absurdo pagar cerca de R$ 150,00 a R$ 300,00 (POR ANO!). Mas quanto dá isso por mês? R$ 10,00? R$ 30,00? Com esses valores nem mesmo conseguem ter um local fixo para realizar reuniões, ter encontros entre os designers, etc. É muito pouco para representar nossa profissão e realizar os eventos que precisamos.

Essas entidades estão longe de serem perfeitas, é claro! Apesar disso, realizam muitos feitos que são importantes. Entre acertos e erros, carregam o peso de sonhar com dias melhores para a atividade... quase sozinhos.

Sou associado à ADEGRAF a mais de 10 anos, participei de diversas diretorias, fui presidente, vice-presidente, etc. É uma entidade que conquistou muitos feitos no Distrito Federal e até fora dele. Hoje sou apenas um colaborador, mas não deixo de contribuir porque entendo perfeitamente que nossa profissão seria mais sem graça e menos reconhecida.

Pra mim, associar-se à uma entidade dessas é acreditar que o design trasforma a vida das pessoas, desenvolve as empresas, cria produtos mais inteligentes, etc. Se você também acredita e ainda não faz parte de nenhuma delas ainda, aproveite e contribua de alguma forma, principalmente se associando. Basta pesquisar no Google e vai achar alguma que precisa da sua contribuição.

Eduardo Meneses (Designer Gráfico / Ex-presidente da ADEGRAF)

Postagens mais visitadas deste blog

ABNT disponibiliza primeira norma para serviços de design

Os serviços de Design tem sua primeira norma brasileira publicada, a ABNT NBR 16516 Serviços de Design - Terminologia , que conceitua os termos básicos do Design, e pode ser adquirida pelo site: http://www.abntcatalogo.com.br/sebrae/ Ela é fruto de dois anos de trabalhos da Comissão de Estudo Especial de Serviços de Design da ABNT (ABNT/CEE-219), uma parceria firmada entre a ABNT e o Sebrae, que contou com a participação de representantes de diversas instituições profissionais e de ensino do país (ADP, ADG, Adegraf, Abedesign, Prodesign-PR, Sindesign, ABD, Centro Brasil Design, Centro Minas Design, ABRE, Abiplast, Abinee, INPI, CAU, SEBRAE, PUC-PR, UERJ, SENAC, SENAI, UFPR, FAAP, UEMG e UniBH), e que também esteve aberta à participação pública pelos sites daquelas instituições. Os trabalhos da Comissão continuam em andamento, agora no desenvolvimento da norma ABNT NBR 16585 Serviços de design – Diretrizes para boas práticas , que está aberta para consulta nacional pelo site: http:/

Terminologia básica no design de marcas

As terminologias ou nomenclaturas são o conjunto de termos particulares, designações ou palavras dentro de uma ciência, profissão, convenção ou empresa. Elas ajudam no entendimento coletivo sobre determinado assunto, dando a definição e descrição de termos utilizados naquela área. Ou seja, dão significado às expressões para que os profissionais e o público em geral possam utilizá-las de forma correta. Outra vantagem é a uniformização desses termos, dando unidade e evitando mal entendidos. No design gráfico isso não é diferente, no dia a dia usamos muitos termos bem característicos e outros que também já caíram na "boca do povo". Porém muitas vezes percebemos o uso incorreto de alguns termos. O glossário de termos dentro do design gráfico é grande, mas para começar escolhi alguns termos mais usuais, aqueles mais ligados ao Design de Marcas. Creio que esse artigo poderá contribuir para que possamos falar a mesma língua e difundir esses termos em sua forma mais exata. LOGOTI

A Marca do Designer

Em 1986, após sua saída da Apple, Steve Jobs chamou Paul Rand – um dos mais influentes designers gráficos do século XX – para criar a marca de sua nova empresa, a NeXT. Desse projeto, Jobs tirou lições que, segundo ele, todo o designer, cliente ou empreendedor deveria considerar. Nesta entrevista, ele contou como foi trabalhar com Paul Rand e o que aprendeu com o designer.  Já nós, designers, podemos aprender com a postura profissional de Paul Rand, se posicionando como especialista para resolver o problema da empresa. Jobs o descreve como, “mais que um artista, um solucionador de problemas de negócios”. Steve Jobs desejava que sua nova empresa tivesse um símbolo que fosse imediatamente associado à marca – algo que leva muito tempo e dinheiro para acontecer na mente do consumidor. Segundo ele, Rand encarou o projeto como um problema a ser resolvido, e não como um desafio artístico em si.  "O significado de uma marca deriva da qualidade do que ela repr