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Mostrando postagens de 2018

Sobre Designers & Negócios

Quando falamos em gestão de marcas, entendemos ser um processo coletivo, realizado por um grupo de profissionais, entre eles, designers. "Quanto mais as empresas passam a enxergar design como uma oportunidade de gerar negócios, maior fica a responsabilidade e o escopo de atuação dos designers dentro dessas mesmas empresas. O conselho aqui é: embrace the chaos."   Fabricio Teixeira, Design Director na Work & Co Há mais de uma década o design tem sido visto com mais e mais interesse por executivos e estrategistas brasileiros, refletindo um movimento global: a inclusão do design como fator importante no desempenho das empresas. Porém, a atitude inversa tem sido pouco notada. Tenho visto poucos designers gráficos demonstrando interesse no mundo dos negócios e isso, para mim, é um problema. Se alguns ainda acham que ser conhecedor dos aplicativos gráficos e saber reproduzir as tendências visuais é o que importa, precisamos conversar. Em tempos de serviços d

O Design e a Pedagogia Waldorf

"Só quando houvermos aprendido a amar a objetividade, a realidade das coisas, as coisas tal qual são, é que poderemos decidir-nos por meio de razões lógicas. Assim aprenderemos gradativamente a pensar de modo objetivo, sem preferência por este ou aquele pensamento. Nossa visão das coisas se alargará, nosso pensamento se tornará prático – não no sentido rotineiro, mas de modo tal que os objetos e fenômenos do mundo exterior é que nos ensinarão a pensar." Rudolf Steiner Fui convidada para escrever para este blog uma vez por mês e confesso que recebi com espanto o convite, mas me enchi de coragem e aceitei o desafio de compartilhar aqui os conteúdos que me movem e transformam. Design, educação, filosofia, antroposofia, fenomenologia, autoconhecimento, propósito, estes são alguns dos assuntos que pretendo trazer para este espaço. Vou contar aqui um pouquinho da minha tese de conclusão da formação que acabo de concluir sobre a Pedagogia Waldorf. Desde que meus filhos na

Design à toda velocidade no Louwman Museum

Na Holanda, uma das maiores coleções particulares de automóveis do mundo está repleta de histórias e lições de design e marketing. Em 1934, o revendedor de carros importados Pieter Louwman comprou um Dodge 1914 e não parou mais. Agora sob a guarda de seu filho Evert, a coleção de mais de 250 carros é o principal chamariz do Louwman Museum (antigo Nationaal Automobiel Museum ), localizado na saída da Haia, na Holanda, ao lado da residência da Princesa Beatrix, que o inagurou em 2010. Alojada em um largo e singular prédio de três andares - que se assemelha a uma fábrica cercada por um belo parque - com mais de 10.000 m² de espaços expositivos, a coleção não se restringe apenas à automóveis. O museu possui uma seleção de motocicletas, bicicletas, carruagens (lembrando que a Holanda possui uma monarquia que ainda usa este tipo de veículo com frequência) e outros meios de transporte, como réplicas do avião Spyker Farman HF-20 de 1913 e da cabine de um zeppelin. Alguns veícul

Afinal, qual a importância de fazer parte de uma associação?

Tenho visto muitos colegas de profissão discutindo sobre estar ou não filiado à uma associação de classe. Geralmente perguntam: o que eu ganho com isso? Quais as vantagens? Porém, as associações não são necessariamente clubes de super vantagens, oferecendo bônus aos seus participantes. São entidades que buscam valorizar a sua profissão e investir nos seus associados. Acredito que seria melhor perguntar: como posso fortalecer minha associação? Ou… Como posso contribuir para melhorar a minha profissão? Via de regra são entidades gerenciadas por voluntários, que disponibilizam parte do seu tempo em benefício dos outros associados. Penso que são pessoas que entenderam o poder da coletividade e desejam uma profissão reconhecida e valorizada. As associações realizam eventos, aumentam as redes de relacionamentos entre profissionais, criam parcerias, etc. Em geral trabalham praticamente no vermelho, pois sobrevivem basicamente das suas anuidades. E essas anuidades são uma grande barreira pa

O DESIGN E A CIDADE

Brasília, enquanto cidade criativa do Design tem muito a contribuir com nosso Brasil!   Eis que não somente espaço para receber os políticos do país, como muitos ainda acreditam, temos qualidade de vida e profissionais competentes e criativos! Com intuito de esclarecer e melhor divulgar o Design e a Cidade, aproveitamos este espaço para entrevistar personalidades que estão sempre contribuindo com o desenvolvimento da atividade. Perguntamos à Fernanda Messias, que realizou um importante relatório sobre ações e politicas públicas voltadas para o Setor de Design no Brasil, através de sua coordenação do Programa Brasileiro de Design (PBD 2001/2012);  ENTREVISTA |  Fernanda Messias _ Como você vê o desenvolvimento do Design em Brasília hoje? E políticas públicas envolvendo o tema? FM:  O design no DF ganhou musculatura nos últimos anos, é notável. À época que estive no PBD, nutria o desejo de ações conjuntas aqui, mas a interlocução do setor estava se organizando. A Adegraf,

Manuais de identidade visual (parte 2)

Conforme prometido, começamos agora a segunda parte do artigo sobre Manuais de Identidade Visual (MIV). Já comentamos sobre a importância de ter um, no artigo "1", publicado aqui mesmo neste Blog. Caso não tenha lido ainda, acesse o texto inicial e compreenda melhor sobre o assunto. Abaixo, comento sobre o formato e quais os ítens que considero importantes de termos nos manuais. A ordem não precisa ser a mesma, mas pontuei mais ou menos na disposição que penso ser a mais interessante. MAS QUAL O FORMATO PADRÃO? PRECISO DE IMPRIMIR O MANUAL? Para começar, não existe um formato universal para os manuais, eles podem ser no formato A4 (horizontal ou vertical). Podem vir no "formato revista" (21x28cm), ou qualquer outro que melhor acomode o seu conteúdo. Dependerá bastante da forma em que será produzido, impresso ou somente digital. Antigamente, costumavam vir em fichários, com folhas soltas, isso facilitava a inserção de conteúdo, à medida que fosse neces